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segunda-feira, 3 de novembro de 2025

A pressa é inimiga do amor que dura.


Chico Xavier lembrava que os encontros verdadeiros nascem de afinidades da alma e pedem preparo interior. Não se trata de preencher um vazio, mas de reconhecer, no tempo certo, quem caminha no mesmo sentido de Deus que você. Por isso, não tenha pressa para se relacionar. A aparência pode acender curiosidade e ruído por um curto período; passado o brilho inicial, o que sustenta dois corações é o companheirismo que se constrói no cotidiano, a conexão que se aprofunda na escuta e o caráter que se confirma quando a vida exige coragem.
Não precisamos expor nossos relacionamentos o tempo todo mas jamais esconder que estamos em um e isso é o bom da vida, desejar ficar, mesmo podendo ir a qualquer momento..

O amor que permanece não depende de deslumbramento. Ele amadurece na simplicidade: em conversas que acolhem, em silêncios que confortam, em decisões que respeitam limites. Onde há presença verdadeira, a admiração cresce de dentro para fora. É assim que a afeição se transforma em aliança: quando um reconhece no outro um abrigo para ser quem é e um horizonte para se tornar melhor.

A pressa promete atalhos, mas o coração precisa de estrada. Sem conhecer a própria fome, confunde-se carência com destino. A vida espiritual nos convida a outro caminho: cultivar o melhor de nós enquanto o encontro não chega. Cuidar das memórias que doem, pacificar o que inquieta, fortalecer a fé que orienta. Quando duas pessoas decidem crescer na mesma direção, a relação deixa de ser fuga e se torna propósito. E o propósito é o que mantém a casa de pé quando o vento muda.

Confie no tempo, não o do relógio, mas o das lições. O tempo certo não falha porque é guiado pela maturidade do espírito. Enquanto ele trabalha, faça a sua parte: aprimore a consciência, organize os afetos, alie palavra e gesto. O encontro virá como reconhecimento: não pelo impacto da aparência, mas pela paz que o outro desperta. E, quando chegar, você saberá, porque amor sereno não aperta o peito; alarga a respiração, clareia a mente e dá vontade de agradecer.

Que seu coração aprenda a demorar onde há verdade, e a partir com gentileza de onde não há.