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sábado, 27 de abril de 2019

Meu resultado está errado e a culpa é do Laboratório!






Não!
Existem diversos fatores , inclusive fisiológicos, que influenciam no resultado.

Por isso é tão importante o cliente informar ao laboratório sobre os medicamentos que toma e todas as informações que puder repassar.
Você sabia que até a variação cicardiana podem influenciar  no seu resultado?
O ciclo cicardiano é o período de aproximadamente 24horas sobre o qual se baseia nosso ciclo biológico e neste período, alguns resultados de exames oscilam dependendo da hora da coleta. Por isso a dosagem de Cortisol e Ferro ,por exemplo, são normalmente coletadas pela manhã, pois, quando coletadas à tarde, fornecem resultados até 50% mais baixos, como explica o livro ‘Valor de pré Analítico para amostras de sangue.’
O meio ambiente também interfere nestas variações. O exame de “Proteínas é relativamente maior no período da tarde,quando se compara com coleta realizada no período da manhã,isto se explica em razão da concentração dos componentes sanguineos.”
Fatores como Gênero e idade, também fazem toda diferença em relação a resultados de exames hormonais. Então, é de suma importância que as mulheres, por exemplo, forneçam informações fidedignas sobre o período que se encontra durante o ciclo menstrual.
O exame de Aldosterona – que é um hormônio importantíssimo que estimula a retenção de sódio e a excreção de potássio pelos rins, desempenhando função na manutenção destas concentrações  normais no sangue e no controle do volume sanguíneo da pressão arterial, apresenta-se 100% mais elevada na fase pré-ovulatória do que na fase folicular ( que começa no primeiro dia do sangramento).
A Testosterona é o principal hormônio presente nos homens e influencia o comportamento, o desempenho sexual e até em características físicas. Sua concentração está mais elevada pela manhã e mais baixa à noite, portanto, para este exame, recomenda-se coleta matinal.
Às vezes,o cliente já tem histórico de colesterol alto, por exemplo, o médico prescreve medicamento e ele resolve  ‘ por conta própria’ apenas fazer dieta. Quando repete seu exame para controle e se depara com resultados semelhantes aos anteriores , se revolta e culpa  o laboratório mas, se esquece que não seguiu a orientação médica.
  casos também de pacientes que omitem terem se alimentado antes de determinados exames que exigem jejum especifico e quando o laboratório libera o resultado, condena a qualidade do serviço pelo fato do seu exame não estar condizente com sua clinica.
A mensagem principal deste artigo é: ajudem o laboratório a ajudar você! Sejam sinceros para seu próprio beneficio.
O Laboratório é um poderoso aliado para o seu diagnóstico e sucesso de tratamento.

Por Fábia Bezerra
Biomédica, Consultora da Empresa Suzymara & Sarahyba - Auditorias e Treinamentos.
CRBM 20.338


Bibliografia:
Livro: Valor de Pré- Analítico para Amostras de Sangue. Edita Savier . Páginas 238 – 246.

https://labtestsonline.org.br/tests/aldosterona-e-renina

Autismo e Atendimento Laboratorial. A Arte de Atender bem.







Como atender bem estes clientes tão exclusivos?

Antes de falarmos sobre a melhor abordagem para o atendimento de clientes autistas, vamos entender sobre estes pacientes tão especiais?
Autismo é uma alteração cerebral que afeta a capacidade de comunicação em níveis variados. Ainda não se sabe claramente os fatores que levam as crianças a desenvolver o transtorno do Espectro Autista. Entre as possíveis causas, encontramos anormalidades cromossômicas, fatores ambientais ,alterações bioquímicas ,deficiência e anormalidade cognitiva de causa genética e hereditária.
Dentre os níveis  de Autismo, encontramos os chamados Asperger, que possuem inteligência até acima da média e fala integras, porém, se sentem muito desconfortáveis com contatos físicos e estabelecimento de relações à o grupo que apresenta atraso ou falta de linguagem verbal, possuem comportamentos inflexíveis, alto nível de estresse e resistência para mudar de foco ou atividade, apresentam também uma enorme limitação em iniciar uma interação com desconhecidos e quase nunca responde as tentativas dos outros. Em alguns casos, soma-se ainda a seus maneirismos – que são comportamentos motores repetitivos como agitar ou torcer as mãos, por exemplo.
E como devemos atender a estes pacientes hipesensíveis?
Em primeiro lugar, conversar com seus acompanhantes, afim de identificar a melhor abordagem para atender o cliente. O ideal é fazer o atendimento em algum ambiente calmo, sem barulho, despertar o interesse para assuntos que lhe agradem e por fim, localizar a veia e preparar os materiais de coleta.  Mantenha um contato amigável e jamais dispense a ajuda de quem o acompanha.
“Ao falar com o paciente, procure modular sua voz, fazendo entonações que o ajude a identificar emoções. Gesticule de maneira a mostrar que você tem interesse em entendê-la. Use palavras simples e curtas, expresse-se usando os olhos, boca, nariz e corpo. Tenha paciência, dê um tempo para que ela possa processar as informações”.
Em caso de precisar imobilizá-la para coleta, não mude seu tom de voz, peça ajuda de quem o acompanha. Sabemos o quanto podem ser fortes e resistentes, desafiando nossas manobras de atendimento acolhedor, então, a dica preciosa é: identifique onde será a feita a punção antes da necessidade de imobilizar. Desta forma, o estresse será mínimo para o cliente, para o acompanhante e para quem faz a coleta.
Mesmo após o atendimento, se puder, demonstre que você se importa com a presença dele e seja o mais simpático possível.
Abril é o mes da Conscientização Mundial do Autismo. Não é um diagnóstico fácil, portanto, as dificuldades do seu filho na escola, por exemplo, pode ser que não seja uma simples preguiça de estudar, mas um pedido inconsciente de ajuda.

Por Fábia Bezerra
Biomédica, Consultora da Empresa Suzymara & Sarahyba - Auditorias e Treinamentos.
CRBM 20.338



Bibliografia: