O novo teste havia sido criado originalmente para astronautas, já que eles podem sofrer perda de estrutura óssea devido à microgravidade do espaço. O teste promove uma busca por vestígios de calcificação óssea na urina.
A técnica, desenvolvida por cientistas da Universidade Estadual do Arizona juntamente com especialistas da agência espacial americana analisou isótopos de cálcio -- diferentes átomos do elemento cálcio, derivados do osso e cada um com seu próprio número específico de nêutrons.
O equilíbrio ou a abundância desses diferentes isótopos quando o osso é fraturado ou formado pode indicar alterações na densidade óssea nos seus estágios iniciais.
Radiografias usadas para diagnóstico precoce de osteoporose (Foto: Nevit Dilmen/via BBC)
De cama por 30 diasOs pesquisadores analisaram os dados de 12 voluntários que não apresentavam sinais de osteoporose. Eles tiveram de ficar de cama por 30 dias, porque o repouso prolongado provoca a perda de massa óssea.
A técnica permite detectar a perda de massa óssea após uma semana de repouso - muito antes, portanto, de mudanças na densidade óssea terem sido detectadas por escaneamentos convencionais.
E diferentemente de outros testes bioquímicos que visam detectar perda de massa óssea através de exames de sangue, o novo exame pode dar uma medida direta da perda óssea. "O próximo passo é ver se o teste funcionará da forma esperada com pacientes que sofrem de doenças que provocam alterações ósseas. Isso abriria a porta para que ele possa ser colocado em prática", afirmou o pesquisador-sênior Ariel Anbar.
Além de ser útil para diagnosticar osteoporose, o teste poderia servir para monitorar outras doenças que afetam os ossos, inclusive câncer.
Anbar disse que a agência promoveu a pequisa porque 'astronautas submetidos à microgravidade enfrentam perda de massa óssea. "É um dos principais problemas de voos espaciais tripulados e precisamos encontrar formas melhores de monitorá-lo e encontrar formas de combatê-lo."
Mas, o que é exatamente um processo de Osteoporose?
"Em geral acreditamos que, após a fase de crescimento, nossos ossos estão formados e não se modificam mais. Essa é uma ideia equivocada, porque o osso é um tecido vivo e, como todos os demais tecidos no nosso corpo, está em constante mutação.
As células que compõem os ossos estão se renovando constantemente e para que esse processo se concretize, nosso organismo utiliza principalmente o cálcio. Quando essa renovação celular não se conclui de forma satisfatória, os ossos ficam com sua massa diminuída e tornam-se porosos, o que deixa o esqueleto mais sujeito a fraturas.
A esse conjunto de situações – menor massa óssea e porosidade – é que se dá o nome de osteoporose. A osteoporose atinge principalmente mulheres após a menopausa e idosos de ambos os sexos, causando problemas posturais e perda de altura, além do já mencionado maior risco de fraturas. Entretanto, a osteoporose é uma doença que pode ser prevenida e tratada.
Atividade óssea
Como já mencionado, o osso é um tecido vivo que está em constante atividade durante toda a vida. Ele contém colágeno - que é uma proteína -, cálcio e outros minerais. Cada osso é formado por uma camada externa chamada de osso cortical e um emaranhado interno, conhecido como osso trabecular.
Até os 35 anos de idade, há equilíbrio entre os processos de destruição (reabsorção) e de formação, mas, após essa idade, a perda óssea aumenta gradativamente, como parte do processo natural de envelhecimento."
Fonte: Osteoclube e Site G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário