Segundo
o Ministério da Saúde, já são 30 anos de trabalho contra a Síndrome da
Imunodeficiência Adquirida –AIDS, que teve sua explosão de casos em nosso País em
meados dos anos 90 - mas já causava alarde no mundo desde a década de
1980, trazendo pânico na população e muitas, muitas dúvidas sobre contágio,
tratamento e sobrevida.
O sucesso das estratégias de resposta
brasileira ao HIV/AIDS é reconhecido internacionalmente, sobretudo pelo
protagonismo e pioneirismo em implantar e ampliar a assistência às pessoas
vivendo com HIV/AIDS.
O Brasil foi um dos primeiros países - e
o único, considerando sua dimensão populacional - a adotar a distribuição
gratuita dos medicamentos para a AIDS no seu sistema público de saúde, em 1996.
Com isso, os índices de sobrevida que eram de até 5 anos, aumentaram
consideravelmente e hoje, as pessoas conseguem conviver com a síndrome de forma
não mais assustadora como era antigamente. De qualquer forma, a preocupação com
a prevenção continua a mesma.
É importante lembrar que, contrair HIV significa ter o vírus e não
necessariamente estar doente. Ou seja, a pessoa pode viver durante anos e não
apresentar sinais e sintomas da doença. Ainda assim, é perfeitamente capaz de
transmitir o vírus através das formas que todos já conhecemos,inclusive de mãe
para filho durante a gravidez e a amamentação – quando não tomam as devidas
medidas de prevenção. Então, vale ressaltar aqui, a extrema importância de
fazer o teste regularmente e se proteger em todas as situações.
Ainda segundo o Ministério da Saúde, desde a implementação
do tratamento para todos, em 1996 até o acesso ao que há de mais moderno em
matéria de medicamento no mundo, a qualidade de vida dos portadores se
evidenciou de forma muito positiva. Se o paciente usar corretamente o
medicamento, neste estágio, o vírus não oferece risco à saúde do indivíduo e
ainda retarda o aparecimento da AIDS.
Não apenas o medicamento é fornecido de
forma gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS) como também o exame para
detecção. O teste é de triagem ( teste
rápido ) detecta os anticorpos contra o
HIV em cerca de 30 minutos.
E não para por aí. Em caso de positivo, o
exame é repetido e confirmado e após este processo, há todo um acompanhamento
psicológico e assistência do serviço de saúde para orientação do tratamento.
E por
onde anda a cura?
Sabemos
que o vírus integra seu próprio material genético às células das pessoas,
tornando difícil sua cura. Contudo, os
estudos estão cada vez mais avançados e já temos terapias sendo exploradas onde
há uma supressão na quantidade de HIV à níveis tão baixos que o paciente não precisaria
mais de tratamento, como por exemplo, os
anticorpos neutralizantes , explica o
Dr. Anthony Fauci, infectologista e uma das maiores autoridades no assunto no
mundo. Ainda segundo ele, os
pesquisadores também estão desenvolvendo estratégias para impulsionar o sistema
imunológico a suprimir o HIV, incluindo a modificação de certas células de
defesa para atingir o vírus de maneira mais eficaz e a criação de uma vacina
terapêutica que treine o sistema imunológico a produzir seus próprios
anticorpos neutralizantes.
Outras linhas de
pesquisa estudam a eficácia de iniciar a terapia cedo o suficiente para impedir
a criação de um reservatório de HIV.
Uma notícia que chamou
a atenção de todos e foi bem repercutida
na mídia, foi o caso de dois pacientes que fizeram transplante de medula e
foram curados da AIDS também. O Dr.Fauci comenta que ambos receberam transplantes
de células-tronco de doadores com uma mutação genética que os tornou
essencialmente imunes ao HIV. Anos após o transplante, ambos pareciam não ter
evidência do vírus em seus corpos. Porém, a abordagem usada com eles não é
considerada escalável para a população em geral, porque apresenta riscos
consideráveis à saúde e requer recursos e infraestrutura significativos.
Há relatos também de
combinações de duas vacinas contra HIV a uma droga usada no tratamento de
câncer. Segundo a Dra. Beatriz Mothe do Instituto Aids de Pesquisa de Barcelona
, “isso é a prova do conceito de que ,através da vacinação terapêutica ,é
possível reeducar nossas células para
controlar o vírus.”
Esse
é o primeiro passo em direção ao sucesso de uma vacina contra o HIV em 30 anos.
A busca por uma vacina contra AIDS já gerou grandes investimentos e estudo
intensivo, mas, até o momento, não há nenhuma no mercado.
E, enquanto a cura ou vacina
não chegam definitivamente, neste mês de consciência sobre HIV/AIDS, o melhor
remédio continua sendo a PREVENÇÃO!
Saiba mais no site:
www.suzimaraesarahyba.com.br