Quase ninguém sabe, mas, a Tuberculose era conhecida no passado como a Peste Branca ou Tísica Pulmonar.
Uma doença infecciosa que assusta até nos dias atuais.
Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil ainda registra 200 novos casos de tuberculose por dia desta doença grave que está entre as 10 principais causas de morte no mundo com registros de mais de 1 milhão de óbitos por ano, apesar de ter cura.
O tratamento oferecido no Sistema Único de Saúde (SUS) dura, em média, seis meses e, como a melhora dos sintomas já nas primeiras semanas após início, é evidenciada, a cura só é garantida ao final da terapia. E, o abandono do tratamento é o principal motivo para o grande número de óbitos pela tuberculose.
Na antiguidade, como não existia tratamento e vacina, os doentes eram levados a sanatórios e a grande maioria, morria em pouco tempo.
Era uma doença desconhecida, então, era vista como uma enfermidade ligada ao comportamento amoral, de lugares com ar impuro e a pobreza. A doença realmente era mais prevalente nos locais mais humildes e em pessoas subnutridas, o que forçava ainda a mais a tese de que esta moléstia era herdada entre os pobres e imorais, na época, era um prenúncio de morte próxima, pois não existia cura.
Somente em meados do século XIX, a causa da doença foi descrita pela primeira vez e foi o cientista Heinrich Hermann Robert Koch que revelou ao mundo que o bacilo Micobacterium tuberculosis era o responsável pela até então conhecida ‘peste branca’.
A vacina BCG ( Bacilo de Calmette e Guèrin) foi descoberta em 1902 por Albert Calmette e Camille Guerin, do Instituto Pasteur, que comunicaram a Academia de Ciências Francesa o desenvolvimento de um bacilo de virulência atenuada, proveniente de sucessivas culturas em bile de boi, com capacidade imunizante contra a tuberculose. Era o BCG, que, após uma série de testes, passou a ser regularmente utilizado como vacina. Primeiro imunizante bacteriano atenuado, o BCG foi introduzido no Brasil em 1925 e é atualmente aplicado em crianças recém-nascidas.
Manejo para a vacina BCG para quem tiver dúvida ou curiosidade:
“Administrar dose única, o mais precocemente possível, de preferência na maternidade, logo após o nascimento”.
A comprovação da vacinação com BCG é feita por meio do registro da vacinação no cartão ou caderneta de vacinação, da identificação da cicatriz vacinal ou da palpação de nódulo no deltoide direito, na ausência de cicatriz. Em crianças nascidas com peso inferior a 2 Kg, adiar a vacinação até que atinjam este peso.
Na rotina dos serviços, a vacina é disponibilizada para crianças de até 4 (quatro) anos 11 meses e 29 dias, ainda não vacinadas.
Crianças vacinadas na faixa etária preconizada que não apresentam cicatriz vacinal não necessitam ser revacinadas.
Esta vacina é contra indicada para gestantes e pessoas imunodeprimidas. Em pessoas hospitalizadas com comprometimento do estado geral, a vacinação deve ser adiada até a resolução do quadro clínico.
Neste mês, comemoramos o dia mundial da vacina BCG e aos cientistas que trabalharam arduamente para termos esta facilidade hoje em dia, fica nosso reconhecimento e gratidão.
Ressaltamos ainda que segundo a Coordenadora-Geral de Vigilância das Doenças de Transmissão Respiratória de Condições Crônicas do Ministério da Saúde, Denise Arakaki “A tuberculose, como toda doença infecciosa de longa duração, também pode alterar a imunidade da pessoa e, por isso, torná-la mais suscetível ao desenvolvimento de outras doenças, inclusive ao coronavírus. Por isso, é preciso redobrar os cuidados, evitar sair de casa, sempre higienizar bem as mãos, não tocar no rosto, nariz e boca e fazer o máximo possível para não estar em ambientes com aglomeração”.
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