Embora nunca tenha me aprofundado no assunto, sempre achei a cultura egípcia muito interessante, desde aquelas pinturas faciais à la Cleópatra até suas enigmáticas pirâmides.
Quando comecei a ler a sinopse deste livro, fiquei mais curiosa ainda, pois o autor une a história do Egito Antigo dentro de um romance improvável contado por alguém real à espiritualidade que tornou esse amor "possível".
A personagem principal 'Omm Sety ' - que significa 'mãe do faraó' - em sua simplicidade e lucidez únicas, é narrada pelo autor com exatidão e riqueza de detalhes sobre sua encarnação anterior. E dentro deste contexto, aulas e aulas sobre a cultura do Egito.
E no auge de suas lembranças, emergem conceitos sobre a espiritualidade que merecem de nós, no mínimo, grande respeito.
Apreciei muito esta tese sobre Regressão que o escritor Herminio relatou:
"E para quê e por quê a regressão?
Muitos de nós, seres encarnados, gostaria de se ver ante a maravilhosa oportunidade de mergulhar no passado para tomar conhecimento do plano elaborado para a existência que se inicia, a fim de conhecer erros e acertos, defeitos e virtudes de caráter, potenciais a desenvolver,conquistas já consolidadas sobre as quais trabalhar,pontos fracos a fortalecer e eliminar ,identificar amigos e eventuais desafetos do passado, de modo a se associar produtivamente com os primeiros e reconciliar-se com os segundos - coisas desse tipo.
Mas, e a grande incógnita ? Quem estaria psicológica e emocionalmente preparado para revisitar velhos fantasmas pessoais sem os testes eliminatórios iniciais a essa espantosa viagem no tempo de si mesmo, pelos empoleirados corredores e desvãos da memória multimilenar?Como enfrentar seus medos, incertezas e angustias não resolvidos?
Regressão irresponsável ,atabalhoada e por mera curiosidade expõe o regredido a riscos potencialmente destrutivos, imprevisíveis e de dificílima reversão.
Outra passagem muito interessante, fala sobre o espirito dos que já morreram:
Muitos deles ,interferem sim, na vida dos que ainda se encontram encarnados na terra. Haja ou não consentimento para assim agir. Aí estão os numerosos casos de obsessão e possessão para evidenciar tal realidade. É certo , porém, que entidades desencarnadas mais evoluídas situadas na dimensão espiritual evitam qualquer tipo de interferência ,de vez que cabe a cada um de nós realizar suas próprias escolhas e decisões. Viver é escolher. Sem esse mecanismo, não teríamos como aprender com a própria vida e evoluir, corrigindo rumos e refazendo certo aquilo que outrora tenhamos feito de modo equivocado. Essa posição é particularmente adotada pelos espíritos guias, que acompanham nossos passos, oferecem uma ou outra sugestão via intuição, ou mediúnica ,mas nos deixam espaço suficiente para o pleno exercício do livre arbítrio. Do contrário, seria o mesmo que nos mandar para a escola e fazer por nós todos os deveres de casa que nos fossem solicitados."
