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domingo, 23 de fevereiro de 2020

Hemofilia e suas dúvidas






A Hemofilia é um distúrbio de coagulação (o sangue não coagula normalmente e pode levar uma pessoa a um  sangramento sem controle ).
Existem dois tipos de Hemofilia ( A e B ) e a tipo A é a mais comum– onde o fator de coagulação VIII ( Fator 8 ) está ausente ou apresenta déficit.
Na maioria das vezes, é hereditário e embora a pessoa com hemofilia possa não sangrar mais que alguém sem hemofilia, na Hemofilia do tipo A , ela sangra por um período mais prolongado e os sangramentos recorrentes podem levar a um comprometimento significativo, especialmente das articulações.
Segundo a literatura, este distúrbio é normalmente herdado de uma geração para outra, através de um gene recessivo presente no cromossomo X, isso significa que é transmitida de mãe para o filho do sexo masculino.  É muito raro mas, pode acometer o sexo feminino também. A maior parte dos pacientes com hemofilia são do sexo masculino.
A hemofilia do tipo A é a mais comum, estas não produzem ou produzem pouco de uma proteína essencial chamada de Fator VIII( fator 8 ) que tem papel extremamente importante na coagulação sanguínea.
Em uma pessoa normal, este fator de coagulação se liga a outros fatores e com isso, ao se cortar, o individuo produz uma formação de coágulo,interrompendo assim o sangramento. A falta ou a diminuição deste fator VIII, interrompe esse processo e compromete a formação do coágulo.
Quanto mais cedo acontecer o diagnóstico e o início do tratamento, menores serão as seqüelas que estes sangramentos podem causar. Atualmente, existe a profilaxia primária, que é uma infusão do fator à partir do primeiro sangramento, de duas a três vezes por semana para a prevenção de hemorragias posteriores. Assim se evita a lesão articular. Mesmo para quem apresenta alguma sequela articular, o uso frequente do fator, profilaxia secundária ou terciária, irá ajudar a melhorar a qualidade osteomolecular e evitar sangramentos.
Caso seu filho apresente sangramentos freqüentes e desproporcionais ao tamanho do corte ou batida que sofreu, manchas roxas por qualquer simples batida na grade do berço por exemplo , é importante marcar uma avaliação médica o mais breve possível. E em caso de confirmação de hemofilia, os pais precisam ser orientados em como lidar com o filho hemofílico e o quanto será precioso o estimulo da criança a crescer normalmente, inclusive a praticar atividades física que fortaleçam sua musculatura – mas sempre com orientação médica pois, não é todo e qualquer esporte que será indicado para a criança.
É importante salientar que não se trata de  uma doença contagiosa e não merece sofrer preconceitos. Como explicamos acima, é apenas um distúrbio de coagulação e como tal deve ser tratada e seus indivíduos devidamente compreendidos e respeitados.
Portanto, dá para ter uma vida normal -  claro que com os devidos cuidados.
Os hemocentros distribuem gratuitamente essa medicação que é fornecida pelo Ministério da Saúde.
Aos profissionais da saúde, especialmente aos que trabalham com coleta de sangue, redobrem a atenção  após a punção, comprimam o local por mais tempo, não ignorem toda e qualquer informação que o paciente lhes fornecer.
Dentre os mitos sobre a hemofilia, vale ressaltar que, a pessoa não vai sangrar até morrer – nem todo sangramento ameaça a vida. O que eles podem ter são equimoses ( que são manchas de coloração variadas por extravasamento de sangue) ou sangrar nos músculos e articulações e se isso for frequente, poderá causar dano a longo prazo.
A ingestão de amendoim , Ferro e certas vitaminas , não curam a hemofilia. Atualmente, só existem tratamentos e não cura -  que inclui a reposição de Fator VIII da coagulação.
E por fim, ao contrário do que dizem, não há baixa expectativa de vida para um hemofílico.

Aprenda mais no site:
www.suzimaraesarahyba.com.br



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