Eu sempre gostei de surf - pelo menos desde os 18 anos quando tive o primeiro contato na praia de Paracurú no Ceará através dos meus primos Léo ( que deve estar feliz hoje lá no céu com a vitória do Medina) e Rogerson, ambos aficionados pelo esporte.
Quem está de fora e não convive é normal achar que é atividade de quem não tem o que fazer ou ter preconceitos com quem surfa. Mas eu convivi bem de perto com essa tribo, todos os amigos dos meus primos eram surfistas, pessoas de bem com a vida, divertidos e dedicados. Dezenas de vezes eu e minhas primas acordávamos às 5h da matina só para não perder a maré alta junto com nossos queridos surfistas. Valia à pena! o sol rasgando o dia e os meninos dando um show na água. O mar ficava cheio de estrelas anônimas...
Depois que a maré começava a baixar, voltávamos para casa e para nossas atividades do dia.
No final da tarde, nos organizávamos para não perder o sol se pôr e junto com ele, a maré alta de novo.
Éramos uma turma grande, meninos e meninas vivendo um momento único, simplesmente inesquecível.
Lembro da pequena Silvana Lima, um toquinho de gente que já desbravava suas primeiras ondas e hoje, é campeã brasileira.
Gostava das rodas de conversa com os amigos dos meus primos, aprendi o nome de todas as manobras. É realmente um esporte especial e quem os pratica, considero muito especiais.
Sim, é difícil surfar, o ideal é começar o mais novo possível mas, depois que pega-se o jeito, é um passe libertador sobre as águas...
Este título que o Medina conquistou é simplesmente o máximo, reflexo de muita determinação que é típico dos surfistas. Para eles, a melhor onda ainda sempre estar por vir.
Enfim, fica minha homenagem aqui a todos os surfistas que conheço, desejo que os holofotes se virem cada vez mais para o Brasil e para tantas outras feras que aguardam apenas uma oportunidade!
Praia de Paracurú - Ceará Brasil
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