SEGUIDORES

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Construindo uma Vida_Justo, Justissimo!

A biografia do Roberto Justus é mais que um livro que conta sua trajetória profissional, sobretudo, um Manual de como aprender a tomar decisões para que a vida e principalmente os outros, não tomem por você! 
Lançado há mais de 12 anos, seu pensamento, conceitos e sugestões profissionais, para quem acabou de ler como eu, nunca pareceram tão atuais. 
Seja você da área de Marketing ou não, suas 229 páginas abraçam posições,ideais e até outros conselhos de fazer qualquer um sair da zona de conforto, uma inspiração inclusive para a vida pessoal. E nem me refiro ao império financeiro que ele construiu - mesmo que tenha nascido em berço de ouro, teve escolhas e as fez, sem titubear, poderia  inclusive ser mais um play boy-rei do camarote-ostentador.Não, ele quis construir sua própria vida, com seus próprios meios. Teve ajuda do pai rico? ah sim, saiu na frente da largada - se comparado a qualquer jovem talentoso de origem humilde. Mas, nunca quis nada dado pelo pai, escolheu a ajuda via empréstimo, que pagou com o fruto do seu próprio trabalho e em um negócio independente da família.
A primeira lição que ele comenta no livro que aprendeu foi:"se você quiser nadar entre  os tubarões  é melhor se tornar um deles. Um tubarão nunca é desleal ou desonesto; é implacável - e sabe muito bem o que quer ".
E a Proporção 10-60-20-10,você já ouviram falar?
Fala sobre "a relação do número de pessoas - as que realmente fazem diferença - com o do restante dos funcionários de uma empresa: 
Os Primeiros 10, são os primeiros 10% do pessoal de qualquer companhia que pode ser imediatamente desligado - e cuja demissão não acarretará absolutamente nenhuma diferença importante no funcionamento da estrutura. São pessoas completamente desnecessárias para o negócio. É praticamente impossível identificar esses 10%. E eles estão presentes apenas em uma empresa muito bem administrada. Em uma empresa mal administrada, esse número pode chegar a 30%! É importante nunca se perder de vista que esse cálculo não trata absolutamente de uma equação hierárquica: muitas vezes, por exemplo, o próprio presidente da empresa pode estar perfeitamente incluído nos 10% dispensáveis ( é o caso de pessoas que foram simplesmente nomeadas e não tem preparo algum para o cargo ).
Os 60, são os 60% seguintes: aqueles que os americanos chamam de mainstreamers, , isto é, a maioria que mantém a engrenagem funcionando, a máquina nos trilhos e a estrutura ativa. São os que chegam às 9 horas, vão embora às 17h,são regulares, metódicos,protocolares e entendem o trabalho que devem fazer. Se alguém deste grupo for substituído por outro profissional de capacitação equivalente,o funcionamento da empresa não vai ser alterado em nada - nem para melhor,nem para pior. A empresa deverá continuar funcionando com exatamente a mesma velocidade,a mesma eficiência e a mesma qualidade.  Esses são os 60% que, às custas de sua responsabilidade e vocação- a de manter funcionando - representam uma camada com um perfil definido mas sem rosto. Se algum deles deixar a empresa,vai precisar ser substituído por alguém cuja única exigência deve ser sua adequação ao mesmo cargo.
O próximo número, 20,refere-se  aos 20% que extrapolam sua função: são os que fazem mais do que são pagos para fazer.É o grupo formado por pessoas que se interessam mais pelo negócio e que,sendo por isso mais emprenhados,acabam produzindo bem mais do que se espera de sua performance.
Os 10% finais são incapazes de qualquer gesto, qualquer ideia ou qualquer decisão que não seja movida por muita paixão, energia, inteligência e imaginação - e, portanto, que não seja sempre inovadora e brilhante. Eles não precisam obedecer qualquer grau hierárquico.
E é justamente o salário desses 30% do topo da pirâmide ( formado pelos 20% que superam as expectativas juntamente com os 10% fora de série), que precisa ser calculado à partir de um sistema de remuneração variável.Por isso,antes de estabelecer esse cálculo, todo empresário deve antes de tudo identificar com o máximo de precisão possível quais são as pessoas que compõe esses 30%."
Segundo o livro, essa média é resultado de um trabalho que especialistas da área de Administração evidenciaram e que funciona inclusive  como base para planos de remuneração variável.
Considerei esta visão, simplesmente brilhante!
Falei no começo no texto o quanto ele é inspirador e a coragem de mudar está estampada em cada página da sua vida e ainda nos dá  um recado: "Às vezes, quem sabe parar, desistir,repensar e adotar um novo ponto de vista tem tanto talento - e tanto valor - quanto quem é um grande realizador.
E puxa esta frase para abordar sobre um tema muito comum ( até eu já passei por isso ):  muita gente não tem coragem de abandonar seu emprego e a partir para outro negócio - e fica infeliz onde está pelo resto da vida. É o caso da pessoa que acaba passando 20 anos na mesma empresa fazendo o que não gosta - quando podia ter tido muito mais sucesso em qualquer outro negócio.  "
E para os empresários que estão lendo minha resenha, ele acrescenta: " Todo grande empresário precisa ser um grande realizador - mas ,para realizar bem, precisa gostar do que faz. E não é sempre que se pode acertar a profissão ideal.".
Ele conta que um grande amigo dele que era casado gostava sempre de comentar o quanto o admirava: "enquanto eu continuo em um casamento infeliz de 25 anos, você já casou 4 vezes! e sua resposta era sempre a mesma: É porque você não gosta do casamento, eu gosto. Você só faz mais vezes, aquilo que gosta. E, no mundo dos negócios é igual. Geralmente as pessoas ficam com medo ou acomodadas ou receosas em ter de dar satisfação para conseguirem tomar uma decisão simples. Para desistir de um casamento, você tem  que dar satisfação à familia, à sociedade,à igreja,aos filhos. Para desistir de uma carreira,você tem que dar satisfação aos colegas,aos amigos,aos chefes, às pessoas que estavam acostumadas à sua imagem ligada a determinada empresa. Mas quando se trata de sua felicidade pessoal, a única pessoa que você deve dar satisfação é você mesmo."
E neste ponto, concordo plenamente com ele, muitas vezes, nos sacrificamos para poupar pessoas, situações, desafios, medo do novo e etc, então, nos fechamos para qualquer oportunidade de ser ainda mais feliz. Afinal, para que estamos nesta vida? se for só uma passagem, como gostaria de viajar daqui para frente?
Por fim, recomendo a leitura, gostei muito dos seus pontos de vista frente a trabalho e a vida, sem perder o equilíbrio e o bom senso. E se você está interessado em sair da sua zona de conforto, não deixe de ler!






Nenhum comentário: