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domingo, 1 de setembro de 2019

O Mito do Jaleco




O jaleco faz parte do uso individual dos profissionais da área da saúde , sendo classificado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um EPI (Equipamento de Proteção Individual). E seu uso correto é descrito pela Resolução 32 da ANVISA (NR32).Em algumas cidades e Estados os profissionais que usam o jaleco fora das dependências permitidas, podem ser multados! 
O jaleco tem como função, a proteção da pele e roupas do profissional nas diversas atividades laboratoriais e hospitalar, por exemplo e no contato com as superfícies, objetos e equipamentos  que podem estar contaminados.
No entanto, ele é reconhecido como uma grande fonte de contaminação, devendo, portanto, permanecer em sua área de atuação. 
Alguns colegas acreditam que, o jaleco é o menor dos problemas em relação à contaminação externa. Para eles, o maior risco, está na lavagem incorreta das mãos. De fato, concordamos que esse também é um ponto crucial quando falamos em riscos de contaminação. Mas assim como os princípios básicos de higienização das mãos dentro de um ambiente contaminante - ou mesmo fora dele, se faz extremamente necessário! Por que não utilizarmos a mesma regra para os jalecos dentro apenas desse ambiente contaminante? Afinal, ele não poderá ser lavado a cada procedimento realizado e as mãos sim. 
Há várias pesquisas comprovando o crescimento de micro-organismos nos jalecos, chegando a ser evidenciado em até 95% dos jalecos examinados, tendo como crescimento principal o Staphylococcus aureus, uma bactéria bem conhecida nos casos de infecções hospitalares. 
Vejam, o jaleco é considerado por muitos, “Status” -  ‘Se estou na rua com ele, sou da área de saúde, e portanto, sou importante.’ Cabe a cada um de nós, usarmos o bom senso. Como sempre fazemos em nossas atividades,em nossos diagnósticos. Será que o contato direto de nossos jalecos podem afetar as pessoas de fora do nosso mundo tão fechado e restrito? Horas, se é como nós mesmos dizemos ‘um mundo fechado’ ou, ‘área pequena, restrita’ por que vamos correr o risco de levar nossos micro-organismos nem sempre amigáveis para fora de seu habitat? 
Como diria nossos avós, bom senso e juízo nunca são demais.

Fonte: Moraes,Sheyla.Biomédica, São Paulo.2019

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