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domingo, 26 de abril de 2020

Infecção Hospitalar! que medo!



A Importância do dia 15 de Maio para a prevenção de Infecção Hospitalar

No dia 15 de maio do ano de 1847, na Hungria, o médico-obstetra Ignaz P. Semmelweis defendeu e incorporou a prática da lavagem de mãos como atitude obrigatória para enfermeiros e médicos que entravam nas enfermarias. Uma simples, mas eficiente iniciativa que conseguiu reduzir a taxa de mortalidade das pacientes. Foi por esse motivo, que o dia 15 de maio se tornou uma data tão importante e significativa para nós e se incorporou ao Calendário da Saúde, por meio da Lei no 11.723, de 23 de junho de 2008. Esse dia tem o objetivo de conscientizar autoridades sanitárias, diretores de instituições e trabalhadores de saúde sobre a importância do controle das infecções.
Bem, sabemos que este cuidado nem precisaria ser lembrado – já que é uma manobra básica e obrigatória de todo profissional da saúde  e, em tempos de pandemia – vale a conscientização para toda população. No entanto, as evidencias falam por si.
A  Infecção Hospitalar  ( IH )- que é a infecção adquirida após a internação do paciente, que se manifesta durante a internação ou mesmo após a alta ou procedimentos hospitalares ,é um dos maiores problemas enfrentados nos hospitais e por profissionais da saúde e a principal medida para controle das infecções é a higienização das mãos realizada de forma correta nos momentos indicados. Já falamos sobre o tema lavagem das mãos e acho que nunca se falou tanto sobre o assunto nos últimos meses.
Hoje, iremos abordar outras causas que favorecem a infecção hospitalar, como por exemplo, os pacientes que possuem Diabetes mellitus mal controlada, pessoas acamadas ou com alteração da consciência, pois apresentam maior risco de aspiração, Recém-nascidos, pessoas com comprometimento da imunidade, por doenças como AIDS, pós-transplantados ou em uso de medicamentos imunossupressores, Doenças vasculares, com o comprometimento da circulação, já que dificulta a oxigenação e cicatrização dos tecidos, obeso, insuficiência renal , problemas respiratórios e etc. Além disso, quanto maior o tempo de internação, maior o risco de se adquirir uma infecção hospitalar, pois há maior chance de exposição aos riscos e aos microrganismos responsáveis.  Outro grupo de pacientes que se tornam alvo fácil são aqueles que sofrem procedimentos invasivos pois, a barreira natural de proteção do paciente é rompida. Logo, podemos observar que a infecção hospitalar estará sempre ali, esperando uma pequena oportunidade para se manifestar.
As infecções relacionadas com o ambiente de saúde podem ser classificadas em alguns tipos de acordo com o microrganismo e forma de entrada no corpo. Assim, as IH podem ser classificadas em:
·                  Endógena, em que a infecção é causada pela proliferação de microrganismos da própria pessoa, sendo mais frequente em pessoas com sistema imune mais comprometido;
·                  Exógena, em que a infecção é causada por um microrganismo que não faz parte da microbiota da pessoa, sendo adquirido através das mãos dos profissionais de saúde ou como consequência de procedimentos, medicamentos ou alimentos contaminados;
·                  Cruzada, que é comum quando existem vários pacientes na mesma UTI, favorecendo a transmissão de microrganismos entre as pessoas internadas;
·                  Inter-hospitalar, que são infecções levadas de um hospital a outro. Ou seja, a pessoa adquire infecção no hospital em que teve alta, mas foi internada em outro.
É importante que seja identificado o tipo de infecção hospitalar para que a Comissão de Controle de Infecção do hospital trace medidas de prevenção e controle de microrganismos no hospital.
E o que leva um profissional de saúde a não se higienizar corretamente? Poderíamos obter inúmeras respostas mas, a principal delas, certamente seria: pressa!
Infelizmente , o Centro de Controle de Infecções Hospitalar ( CCIH ) das instituições , por mais que monitorem e fiscalizem as áreas, não podem responder por aquilo que um profissional está fazendo quando não há ninguém olhando. Então, nos cabe confiar totalmente em seu caráter e esperar que aquele paciente que será atendido, receba a melhor higiene possível do profissional que lhe assista.
Segundo a Dra.Ana Cristina Gales – professora de infectologia da Universidade Federal de São Paulo ( UNIFESP), a saída para ajudar a combater este problema, é a Tecnologia – pois permite um maior controle do ambiente hospitalar: “ O uso de soluções de gestão sistematiza os processos, construindo indicadores e não deixando o hospital esquecer nenhum ponto estratégico no combate a IH, contribuindo para a segurança do paciente.
Unidades de medida como taxa de infecção hospitalar e índice por corrente sanguínea, são essenciais para a instituição monitorar de forma inteligente a precisa a situação atual das ocorrências. E, com esses dados em mãos adquiridos de forma mais rápida pelo uso de sistema da gestão de saúde, é possível criar planos de ação. Para a infectologista, essas informações dão um parâmetro de qual área é mais importante focar, ajudando nas decisões estratégicas.”

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